11/22/2011


Moscas podem diminuir até 20% do peso do gado




Em busca de soluções sobre o tema, profissionais e pesquisadores rurais se reúnem nessa segunda-feira (21) no auditório da Embrapa, Campo Grande, no Workshop Mosca-dos-Estábulos.

Mosca-dos-chifres, carrapato do boi e mosca-dos-estábulos são consideradas pelos produtores de gado as maiores pragas possíveis, podendo ser responsáveis por grandes prejuízos, uma vez que as moscas atacam principalmente as pernas do bovino com picadas doloridas, além de seu costado e dorso. O inseto por ser irritante ao gado, faz com que o animal se debata, causando lesões de automutilaçaão, fazendo com que ele perca peso, conseqüentemente valor e qualidade.

“O conhecimento sobre a biologia dos insetos pelos produtores é muito superficial, o que dificulta o seu entendimento sobre a real necessidade de controle e a aceitação das recomendações de controle, em especial o estratégico”, afirma o biólogo, entomologista, Wilson Wener Koller.

Em Mato Grosso do Sul o grupo de pesquisa da Embrapa desenvolveu 58 testes em 38 propriedades rurais, referente às moscas, e os resultados indicaram 97,4% resistência das moscas quanto as piretróides, venenos que trabalham com intuito de manter os canais de sódio abertos nas membranas neurais dos insetos. Porém, segundo dados da Embrapa, o processo de higienização dos pastos e o manejo adequado dos subprodutos, com o controle dos focos de criação, representa 90% de sucesso.

”Restos de alimentos úmidos e palha juntos aos dejetos dos animais são os principais motivos do desenvolvimento das moscas que se abrigam em árvores, bosques, cercas, paredes e cochos, e se dispersam de 10 a 30 quilometros, com possibilidade de atingir até 200 quilometros a mais de distância. A mosca em apenas três minutos sugam o suficiente ficarem repletas de sangue”, diz Wilson Koller, pesquisador da Embrapa.

Há um número limitado de pessoas para realizar o tratamento do modo correto e no devido tempo, em especial com respeito ao estágio de desenvolvimento da praga. Muitos produtores não utilizam o produto adequado, e quando se utiliza a dosagem é superior ou inferior, raramente adequada. Essas foram algumas das preocupações expostas durante o Workshop Moscas-dos-Estábulos.

"Para orientação dos produtores e indústrias, de como se portar e evitar os problemas ocasionados pela mosca-do-estábulo, a Biosul já apoiou seis eventos referente ao tema e emitimos folders de orientação", pontuou Roberto Hollanda, presidente da Biosul.

O não controle da praga por um profissional qualificado, ou no mínimo orientado quanto às precauções com as moscas, pode gerar retorno negativo, bem como o acréscimo no custo da produção, a rentabilidade prejudicada, problemas com barreiras sanitárias e a infestação que pode persistir e ainda agravar.

A Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – Biosul, junto a Federação de Agricultura e Pecuária de MS – Famasul, participam de dois eventos por ano, desde 2009, em busca de soluções referente aos problemas ocasionados por insetos em na zona rural dos municípios do Estado.

“Apoiamos dois eventos por ano para contribuir com a eliminação das pragas que agem contra o gado, entre seminários, workshops e treinamentos no interior e na capital do Estado. Intencionamos contribuir com a lucratividade do produtor e com a harmonia na produção de região”, pontua Hollanda, Biosul.

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S.R.S