5/06/2010

Trator livre de cabos está sendo apresentado na Agrishow
Um trator livre de cabos, telas e conexões acoplados na cabine (com uma eletrônica para cada implemento, colheitadeira, adubadora, plantadeiras) está sendo apresentado no estande ISOBUS na Agrishow



trator padronizado, cuja cabine conta apenas com monitor segue a norma ISOBUS, o que quer dizer que este equipamento tem programas computacionais compatíveis com os implementos e a eletrônica a bordo

Um dos maiores problemas hoje, com o aumento da complexidade de sistemas de diferentes fornecedores para supervisionar e para controlar automaticamente as funções das máquinas e implementos, é a freqüente incompatibilidade existente. A partir da década de 70, o produtor passou a conviver com uma grande quantidade de eletrônica na cabine do trator e com dezenas ou mais de metros de cabos elétricos interligando os sistemas e os sensores, porque cada um só funciona com seus componentes, e não se pode aproveitar o que já havia sido instalado anteriormente.

Diante dessa realidade brasileira, um pequeno grupo de trabalho formado por pesquisadores e representantes da indústria de tratores buscou congregar a comunidade de fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, e os fornecedores de sistemas eletrônicos aplicados a máquinas agrícolas, com o objetivo principal de estruturar o que se denominou a Força Tarefa ISOBUS-Brasil. "Essa atividade é de suma importância para o reconhecimento, a divulgação e a adoção da norma no país", afirma Ricardo Inamasu, pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária que participa dessa proposta. Segundo ele, o alto custo de investimento e de instalação, dificuldade de manutenção, obsolescência rápida, necessidade de treinamento, falta de compatibilidade entre equipamentos de diferentes
fabricantes são algumas das dificuldades que levaram ao desenvolvimento do padrão internacional aberto ISO-11783, conhecido também como ISOBUS, para comunicação entre tratores e implemento.

Desde a década de 80 tem se tentado elaborar normas para a comunicação entre dispositivos eletrônicos em máquinas agrícolas para prover um padrão aberto para interconexão de sistemas eletrônicos embarcáveis através de um barramento que é um conjunto formado por fios, conectores e dispositivos de potência. Grande parte da documentação da norma encontra-se já publicada e torna possível a implementação de redes embarcadas segundo essa padronização, que tem sido chamada de ISOBUS. As pesquisas em desenvolvimento baseadas nessa norma começaram a surgir na segunda metade da década de 1990, mostrando seus benefícios e versatilidade para diferentes aplicações. Atualmente, além dos esforços de instituições de pesquisa e associações de normas, observa-se o esforço por parte de fabricantes de máquinas, implementos e outros equipamentos para tornar a implementação dessa norma uma realidade.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) já criou uma Comissão de Estudos denominada Comunicação e Eletrônica Embarcada, para tratar dos aspectos da criação de uma norma brasileira, harmonizada com a norma internacional ISO.

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S.R.S