3/11/2014

Embrapa e Unipasto desenvolverão pesquisas com melhoramento de forrageiras em Mato Grosso Parceria está sendo firmada para testes de materiais na Embrapa Agrossilvipastoril
Uma parceria em processo de articulação entre a Embrapa e a Unipasto deverá possibilitar o desenvolvimento de pesquisas em melhoramento genético de plantas forrageiras no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). Uma reunião realizada na última semana delineou parte das ações propostas para serem feitas em Mato Grosso. A princípio, serão realizados na Embrapa Agrossilvipastoril testes agronômicos e de Valor de Cultivo e Uso (VCU) de materiais em fase final de avaliação desenvolvidos pela Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS). Para a pesquisadora responsável pelo programa de melhoramento genético de forrageiras da Embrapa Gado de Corte, Cacilda do Valle, o teste de materiais nas condições edafoclimáticas de Mato Grosso será de grande importância antes de lançá-los no mercado. “A gente tem de testar estes materiais e desafiá-los nesta etapa aqui. Não sabemos quais são os bons genitores para fazer os próximos cruzamentos, pois as mães também têm de ser desafiadas. Também não sabemos quais são os materiais que são candidatos a serem lançados como cultivar”, explica Cacilda. De acordo com o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Bruno Pedreira, em Mato Grosso serão avaliados híbridos dos gêneros Brachiaria e Panicum em condições de corte e de pastejo, em parcelas e em áreas maiores. O objetivo é contemplar materiais que atendam às principais demandas do estado, como a síndrome da morte do braquiarão e os sistemas integrados de produção, como a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). “Vamos trabalhar com plantas mais tolerantes à má drenagem do solo e à falta de oxigenação de raízes e com plantas tolerantes ao sombreamento ou que se adaptem melhor aos sistemas integrados, uma vez que este é o foco das pesquisas da Embrapa Agrossilvipastoril”, explica Pedreira. Com esta parceria, a Embrapa Agrossilvipastoril passará a integrar o programa de melhoramento genético de forrageiras da Embrapa. Desta forma, será atendida uma demanda importante, que é a de aumentar os testes destas plantas no bioma Amazônia. Atualmente apenas a Embrapa Acre desenvolve este tipo de trabalho neste bioma. Mato Grosso é o estado brasileiro com maior área de pastagem e com o maior rebanho bovino do país. A realização das pesquisas no estado tornarão os resultados ainda mais compatíveis com a realidade local. “Mato Grosso é um polo de produção intenso, com clima totalmente diferente de outras regiões e onde há a demanda para forrageiras para compor sistemas integrados, que é o grande foco da Embrapa. Então acho que vamos ter um casamento perfeito”, avalia o diretor-executivo da Unipasto, Marcos Roveri José. Próximos passos No mês de abril será feito o planejamento do Plano Anual de Trabalho da Unipasto para a safra 2014/2015. As ações desenvolvidas na Embrapa Agrossilvipastoril serão contempladas neste documento. Em junho a proposta será avaliada em assembleia pelas empresas componentes da Unipasto. Caso seja aprovada, os trabalhos começam a ser desenvolvidos no segundo semestre. Atualmente a Unipasto já possui parceria com outras cinco Unidades da Embrapa: Embrapa Gado de Corte, Embrapa Cerrados, Embrapa Acre, Embrapa Gado de Leite e Embrapa Pecuária Sudeste. Unipasto A Unipasto é uma associação de empresas produtoras de sementes de plantas forrageiras que tem como objetivo fomentar a pesquisa e o melhoramento destas plantas. Atualmente 31 sementeiras de sete estados brasileiros fazem parte da instituição.

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S.R.S